Fábio de Melo é melhor padre cantor, diz produtor de disco da Jornada Mundial da Juventude

Marco Mazzola tem 63 anos e é conhecido por produzir discos de MPB. Trabalhou com Djavan, Gal Costa, Gilberto Gil, Chico Buarque, Elis e Caetano Veloso. Nos últimos meses, dedicou-se aos padres. Produziu músicas para a Jornada Mundial da Juventude, que vai reunir jovens católicos de vários países entre 23 e 28 de julho, no Rio.

Canções como o "Hino da Jornada" e "Jovens Abençoados" estão no disco "No Coração Da Jornada". "Tentei fazer algo com mais ritmos. Tentei fazer uma música para a juventudade, com sonoridade tropical", descreve Mazzola. "Coloquei instrumentos clássicos, orquestra, oboé, harpa, gaita... Trabalhei com arranjadores com os quais costumo trabalhar, da MPB, e convidei com músicos de artistas pop. São músicos de estúdio. Eu quis estar no meu habitat. Tem um verniz de música pop."

Após tanto contato com a música católica, vale a pergunta: qual o melhor padre cantor do Brasil? "É o padre Fábio de Melo", responde Mazzola, sem pensar muito. "Ele tem uma base. Toca um violão bonito e isso ajuda muito. Ele compõe, faz letra, canta. É um artista pronto." Na sequência, comenta o talento de outros. "Padre Omar é muito afinado, mata de primeira. O Padre Marcelo vai pelo carisma, que todo muito já conhece. Ele contagia as pessoas por meio da fala. O Reginaldo Manzotti é um padre com DVDs e tem um público grande e fiel. O padre Zezinho é um ícone da música católica, um artista completo", disse.

A aposta de Mazzoti para hit da jornada é "Jovens abençoados". "Quando tocou pela primeira vez, todo mundo começou a fazer coreografia. As freiras dançaram. A Igreja tem que estar aberta", opina. "A juventude propaga que a gente precisa mudar. Gravamos o hino em diversos ritmos: samba rock, funk... A garotada quer mudar. Temos que ser audaciosos dentro da medida certa", diz o produtor, escalado para produzir a parte musical da missa do Papa.

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